sexta-feira, 30 de agosto de 2013


Namore aquela tipica garota que transborda pelas mãos sentimentos sem razão, que pensa com o coração e se arrepende, fugindo sem direção. Namore uma garota que saiba a diferença entre "Mais e Mas", "Por que e Porque", conotação, acentuação, virgulas e parágrafos quase inexistentes. Namore a garota que vez ou outra faz poesia sem entender, que vê linhas sem ter e conquista sem perceber. Poeta nata e sonhadora sensata (não?), louca demais para um dia pensar que seu coração se encontraria em outros, em meio a rabiscos entrelinhas e palavras que seriam laços eternos de diversas aflições.

Se ela escreve ela brinca, com você, com os sentimentos, com as palavras, ela brinca com seu sorriso e com sua razão, fazendo rimas sem noção e botando novamente um sorriso por pura emoção. Eita garota! Esse tipo de garota sabe dar vida longa a um rei, rei do sentimento, "Vida longa ao sentimento!"

Uma garota que escreve jamais copiará frases erradas de Clarice Lispector ou Caio Fernando, você ganhará frases próprias feitas dentro de um pequeno coração. Mas afirmo com a certeza que terá que se atentar em seu olhar, pois ela vive a observar para escrever. Ela vai observar seu sorriso ao se acanhar, seu cabelo ao acordar e suas mãos tremulas ao encontrar. Ela vai te observar meu caro, mas só fará isso por te querer em um texto cheio de linhas tortas que tentará compreender. Mas quando ela (te) escrever, tenha certeza que ela estará guardando você, pois quando ela escreve, é pra não esquecer.

Namore uma garota cheia de historias e belas palavras, que está doida para lhe ensinar o belo e o simples da vida. Namorar essa garota é namorar uma escritora que leu em algum livro e gostou, imaginando a sua frente. Esse tipo de garota vai te impressionar, pois ela tenta se atentando ao que você tem a mostrar. Namore uma garota que vai recriar seu olhar e escrever o que você proporcionou ao lhe tocar.

Não se preocupe com as varias folhas amassadas que encontrará em seu quarto, no meio daquela bagunça, também se encontra a bagunça do seu coração. Uma garota que escreve não é nenhuma psicologa, escritora famosa, cheia dos "mimimimi", muito menos intensa demais (Ok, talvez seja), mas é uma intensidade boa. Afinal, tudo raso demais é doloroso demais quando você tem vontade de pular. Por isso são tão fundas, não querem seu medo ao pular.

Desde criança nunca se importou com linhas, mas sim com o conteúdo que se encontra dentro delas. Se a historia for boa, para ela nunca terá fim.

Namorar uma garota que escreve não é só namorar uma garota que sabe conjugar alguns verbos, ela sabe o que é regular e irregular... Ela só não sabe o por que de tanta irregularidade. Namorar uma garota que escreve é aguentar ela falando que todo o texto que faz é ruim e desproporcional a suas expectativas, mas ela acaba aceitando por ter ficado bonitinho e cheio de rimas.

Se tem coesão e coerência, isso terá que descobrir sozinho.

Autora: Kézia Martins.


Estou cansada de viver como se já fosse uma pessoa adulta e madura. Gostaria de voltar a ser criança - uma garotinha de seis anos que caiu da bicicleta. Gostaria de fazer cara de choro e correr aos berros para a cozinha, onde minha mãe me ergueria do chão, me daria um forte abraço e beijaria meu joelho esfolado. Eu pararia de chorar e tomaria leite com chocolate para a dor passar. Essa é uma das coisas que as pessoas não nos ensinam quando falam de crescer: como lidar com as dores que não passam com um beijo.

Livro: À noite o céu é perfeito- Soul Love
quinta-feira, 29 de agosto de 2013


Quanto tempo é necessário para amar alguém? O quanto a distância te aproxima de alguém e o quanto ela te afasta? Quantas palavras são necessárias pra alguém voltar? Qual a medida certa pra que nada dê errado? O quanto precisamos fazer errado pra aprender? A vida segue? O amor acaba? Indiretas atingem? Até que ponto esperamos algo? Até onde ir por um sonho? Esperar? Ir? Permanecer? Qual o valor de uma carta? Palavras fazem tão bem quanto mal? Jogar fora? Arquivar? Ler? Sorrir? Ligar ou não? Fazer de conta que não viu é a solução? Vale a pena? Mentir? Ser você mesmo? Se importar adianta? Se calar pra alguém ouvir? Chorar? Viver? Faz sentido?


Prezado Professor, sou sobrevivente de um campo de concentração. Meus olhos viram o que nenhum homem deveria ver. Câmaras de gás construídas por engenheiros formados. Crianças envenenadas por médicos diplomados. Recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas. Mulheres e bebês fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades. Assim tenho minhas suspeitas sobre a Educação. Meu pedido é: ajude seus alunos a tornarem-se humanos. Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou psicopatas hábeis. Ler, escrever e saber aritmética só são importantes se fizerem nossas crianças mais humanas.

(Texto encontrado após a Segunda Guerra Mundial, num campo de concentração nazista.)


A lua acabou de nascer, há pouco tempo... é o sinônimo de que o tempo é infinito! Ela brilha para todos, mas nem todos enxergam o seu brilho! A vida da gente é apenas um momento diante do infinito! E ... tanta gente não sabe aproveitar do momento do BRILHO! ... do momento da vida que a gente tem! ... do momento da essência! ... do momento da razão de existirmos!


Autor: M. E.
domingo, 25 de agosto de 2013
“Sou uma pessoa como outra qualquer. Não sou um fantasma a perambular pelas ruas. Tenho sentimentos, sou feito de carne e osso. Mas me sinto um ser invisível, inútil para a minha família e para a sociedade, já que as pessoas recusam a me ver”. Esse é o sentimento de muitas pessoas que vivem nas ruas ou possuem profissões sem “status”.




Isso acontece principalmente com os moradores de rua, mas há também as pessoas que não moram na rua e convivem com isso diariamente, como os garis, lixeiros, porteiros, entre outras profissões consideradas “não dignas”, como algumas pessoas com o “rei na barriga” pensam.

Para muita gente, morar na rua é sinônimo de pessoas vagabundas, preguiçosas e que não querem trabalhar. Realmente existe esse tipo de pessoas, como existe em qualquer classe social, que se aproveitam da fragilidade do ser humano e passam a explora os sentimentos de dor e compaixão.

Infelizmente, o ser humano não leva em conta o que a pessoa é ou sente, apenas enxerga a sua função social, ou melhor, o “status” que ela representa perante a sociedade, o lugar que ocupa e vive. Muitos estão nas ruas por não conseguirem um emprego, por ser dependente químico ou alcoólatra, e os que conseguem um serviço sem o “status”, são marginalizados por um trabalho que executam dignamente.




Existe a possibilidade de mudar essa situação? Sim, basta que a sociedade mude seu jeito de olhar para as pessoas, como se eles fossem um lixo, algo desprezível. Pois, mesmo que as pessoas não digam, apenas um olhar de desprezo, de nojo, de reprovação, já dá para entender o que elas pensam.


Via: Intensidade
Autor: Francisco Silva

sexta-feira, 23 de agosto de 2013


Foi então que eu descobri. Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredom lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito. A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?


Tati Bernardi




Foi esperando quase nada que um quase tudo apareceu. Simples como um fim de tarde. No começo era medo, incerteza, insegurança surgindo como relâmpago no céu. Depois, uma sensação de pertencimento, de paz, de alegria por encontrar um sentimento desconhecido, mas que fazia bem. Não teve espumante, holofote, tapete vermelho. Foi simples como um fim de tarde. Algum frio na barriga, interrogações deslizando pelas mãos suadas, uma urgência em saber se aquilo era ou não pra ser. É que um dia alguém nos ensina que quando é pra ser a gente sente. Eu sempre quis que fosse pra ser, mas nunca foi. Com isso, me distanciei de mim e das minhas crenças. Mas então, o que não tinha nada, nada pra ser, foi. E eu fiquei ali, perplexa, parada, estupefata, com medo de dar certo. Porque a gente tem um medo que nos mastiga lentamente. Um medo azedo, que deixa a boca adormecida, que cutuca insistentemente. Medo da felicidade. Medo de que um sonho aconteça. Medo de enfrentar nossos sentimentos que ainda não acordaram. Então, abri os olhos. Não era sonho. Eu vivi aquilo. Eu sobrevivi ao medo. Eu encontrei o que chamam de amor.


Clarissa Corrêa

Tem horas que é imprescindível chutar o balde. 
Tem hora que é fundamental deixar a verdade nua e crua vir à tona.
 E você passa a achar que não tem vocação pra ser legal o tempo inteiro. 
E é verdade. Ninguém tem. É cansativo. Desgastante.
Já somos legais à beça por tentar. Tem gente que nem isso.

Martha Medeiros
domingo, 11 de agosto de 2013


“Eu, por exemplo, gosto do cheiro dos livros. Gosto do barulho das páginas sendo folheadas. Gosto das marcas de velhice que o livro vai ganhando: (…) a lombada descascando, o volume ficando meio ondulado com o manuseio. Tem gente que diz que uma casa sem cortinas é uma casa nua. Eu penso o mesmo de uma casa sem livros."
quinta-feira, 8 de agosto de 2013


Ás vezes o desabafo é a melhor maneira da alma responder o que me deixa insegura, me deixa confusa, me deixa angustiada. Só quero esquecer um pouco dos meus deveres e obrigações. Preciso apenas, viver. Deixar de ser quem os outros querem que eu seja. Deixar pra lá o que pensam ou acham das minhas atitudes. Sei que elas são muitas vezes insanas ou que ás vezes sinto muito e acabo quebrando a cara. Mas, não importa os erros são meus, SÓ MEUS. Preciso tê-los, para aprender sobre o que a vida me reserva. Sei que não são apenas mares de rosas, sei que dentre elas há espinhos difíceis de cicatrizar. Preciso sentir, amar, sonhar, viver e realizar. Preciso seguir meu próprio caminho, com minhas próprias pernas.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
E se, de repente, as ruas das cidades fossem inundadas por livros? A propósito do Festival Light in Winter, os Luzinterruptus - um grupo artístico espanhol - encheram, em Julho, as ruas da cidade australiana de Melbourne, com livros, a fim de incentivar ao hábito de leitura.

Personificando o tema do festival, na edição de 2012, "Leitura", o grupo espanhol foi convidado pelos organizadores do evento a reproduzirem a sua obra "Literatura vs Traffic", que tinham concretizado em Nova Iorque.


Aproveitando cerca de 10.000 mil livros que foram dispensados das livrarias públicas australianas por serem considerados obsoletos, a obra ganhou vida nas ruas que se viram inundadas de livros iluminados por LED.

No site do grupo pode ler-se que "um rio de livros transbordou para os espaços pedestres físicos e instalou-se no espaço reservado aos carros, roubando espaço precioso para o tráfego intenso na área, num gesto simbólico em que a literatura assumiu o controle das ruas e se tornou o conquistador do público espaço."

O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Neste momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria. 
- Mário Quintana

Um leitor vive mil vidas antes de morrer.
George R. R. Martin





quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!


Augusto dos Anjos 

Quem sou eu

Minha foto
Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei.

Diana

Tecnologia do Blogger.

Visitas

Translate

Arquivo do blog

Seguidores

Search

Pages